viernes, 12 de julio de 2013

Põe o pezinho e serei seu par...?

Esse grande franzino homem a meu lado é um sábio, um poeta. Não canso de escutar o que tem a dizer, a sua opinião.

Só que muitas vezes a sua passa a ser a minha e me sinto influenciada demais. Fico confusa, gostando e achando bonito admirar alguém ao lado e seguir ouvindo o seu ponto de vista, mas também na defensiva, às vezes, querendo proteger o pensamento que é meu.

Dessa vez se tratava da conquista do coração, essa que eu sempre, humildemente, me senti uma privilegiada pois sempre considerei que consegui conquistar o amor de quem amava. Nem sempre pelo tempo que queria ou com a intensidade desejada, mas ao menos um pouco de atenção, sentir-me valorizada e até um calorzinho ao corpo. Estava enganada, tudo era pura manipulação?

Foto de A. Blume
Porque resulta que a teoria deste rapaz destrói todo o meu orgulho. Ela dá como certo que não conquistei ninguém. Um desaforo. Mas com toda uma lógica e provas científicas por detrás!

São os homens quem escolhem sempre o seu par. E as mulheres, decidem. Ou seja, aparecem os candidatos, cada vez mais próximos, charmosos, detalhistas, conquistadores... e elas vão decidindo se sim, ou não. Elas têm a palavra final, mas só observam um pedacinho do todo, oferecido por eles.

Será verdade? Para mim, analiso o passado e me vejo espelhada nisso. Só os que souberam ser próximos, com seus charmes e detalhes, conseguiram conquistar esse coração mole. Os tímidos, discretos, e, especialmente, os bom rapazes enfim, sempre tiveram pouquíssimas chances...  Que triste pensar que se é uma pessoa autônoma, dona do seu nariz, e no fundo seguir um preceito, embora com uma posição cômoda... Que duro ser homem e precisar sempre dar o passo! Que duro ser mulher e nunca ser escolhida! Por sorte para todas as regras existe a exceção e os anos ajudam a todos a ver as coisas de outras maneiras.